
Vírus ‘defensivo’ de computador será criado pelo Japão
Você já ouviu falar em vírus defensivo no mundo da tecnologia? O Japão nesta semana anunciou a criação de uma modalidade deste vírus, cujo o intuito é controlar a defasagem que se instaurou na área de segurança cibernética.
O vírus cibernético proposto pelo governo japonês, atuará de forma defensiva, onde irá impedir diversos ataques aos computadores japoneses segundo o jornal local Kyodo. É claro que todos os detalhes desta novidade não foram divulgados, principalmente porque os responsáveis pela criação devem ser agentes do próprio Ministério da Defesa do Japão em parceria com uma empresa da iniciativa privada.
A única informação é que o seu lançamento está previsto para ocorrer até o próximo mês de março de 2020.
O porque da criação de um vírus defensivo no Japão?
Segundo as próprias autoridades do Japão a medida é uma atitude com relação a defesa cibernética nacional, que atualmente está defasada e com pouco pessoal defendendo a grande rede japonesa. Hoje o país conta com apenas 150 profissionais na área.
O objetivo nos próximos semestres é aumentar o grupo para 220 profissionais.
Apesar do aumento e da criação deste vírus, o Japão nem se compara as grandes potências mundiais quando o assunto é defesa cibernética. Os Estados Unidos, por exemplo, contam com 6200 profissionais trabalhando dia e noite para manter o país seguro.
Não muito longe dali e em um regime bem diferente, a Coreia do Norte relata que tem 7 mil homens atuando na área de defesa cibernética.
O país com o maior número de profissionais dedicados para barrar os ataques é a China. Por lá cerca de 130 mil pessoas fazem essa função tão importante nos dias atuais.
Após estes dados é possível concluir a real necessidade do Japão em melhorar suas fronteiras cibernéticas.
O que é e como funciona o vírus defensivo?
Segundo informações do próprio Ministério da Defesa, o vírus será capaz de invadir um computador e impedir que ataques únicos ou novos ataques possam sair do sistema do hacker.
Porém este sistema será exclusivamente defensivo, onde o governo não pretende utilizar o vírus para fazer ataques preventivos. Ele só será ativado se houver uma tentativa de invasão.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão adotou uma lei que acabou impondo restrições sobre todos os tipos de armamentos utilizados, portanto as Forças Armadas japonesas só podem atuar como um sistema defensivo.
Mas o vírus defensivo já conta com algumas versões semelhantes no mundo, onde nomes como Blaster e Mirai foram utilizados para conter algumas pragas digitais no sistema internacional.
As versões lançadas modificam o sistema operacional, instalando atualizações que troquem os acessos para impedir que um ou mais invasores tirem proveito da brecha ou simplesmente fechando as portas de acesso.
Proteção mundial
Hoje as maiores potências mundiais contam com seus programas de ataque e defesa cibernético, porém trata-se de um assunto muito sigiloso e pouco se sabe sobre o tema.
Grandes nações como os Estados Unidos, por exemplo, contam com defesas impenetráveis, com gente constantemente trabalhando para manter a segurança dos dados em total sigilo.